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Morfologia e Língua Portuguesa


MORFOLOGIA E LÍNGUA PORTUGUESA: CONCEITOS CENTRADOS NA FUNCIONALIDADE LINGUÍSTICA

Maria Lina de Oliveira Assunção

Tendo em vista o predomínio da gramática Greco – latina durante muitos anos e a insatisfação por muitos estudiosos, vemos uma reação a esse modelo normativo, onde estudiosos da linguagem começam então uma mudança nesse contexto gramatical e originam-se nesse período dois modelos de gramática: gramática comparativa e a linguística histórica, que desencadearam vários fatores para ampliação de conceitos linguísticos, proporcionando uma diferente relação entre as dicotomias básicas criadas por Saussure,  nascendo assim o estruturalismo baseado no estudo da gramática e os vários elementos que pressupõem os estudos linguísticos, que tem por objetivo esclarecer suas respectivas funções e consequentemente estabelecer métodos para a funcionalidade da língua.  
        Em cima do conceito do vocábulo morfológico dado por Mattoso Câmara Jr., que classifica as unidades formais de uma língua em livres e presas e ainda em uma terceira denominada dependentes, sendo que essa última abrange as partículas proclíticas e enclíticas, estabelecendo assim um critério de funcionamento a cada unidade, seja ele por meio uma frase, de um enunciado ou por meio do próprio vocábulo, possibilitando ou não a retirada de unidades mínimas significativas, com base nessa classificação a análise mórfica baseia-se na formação desses vocábulos,  em como eles se estruturam e em suas respectivas funções.
        São quatro os tipo de morfemas gramaticais: classificatórios, flexionais, derivacionais e relacionais .Cada morfema recebe sua definição,e  há também aqueles que são subdivididos, frisando aqui que cada morfema tem como função determinar a significação da palavra, determinar a classe  de palavra em gênero, número, pessoa, verbo, tempo e modo, e é importante que se analise a estrutura do vocábulo levando em consideração todos esses critérios , para que se possa ter uma classificação correta da palavra. O morfema é a unidade mínima de significação, ele é dado pelo resultado de comparações feitas em uma determinada palavra onde vai dar origem a outras tendo na sua estrutura vários elementos formadores como por exemplo o radical, os afixos, as desinências, a vogal temática ou ainda a vogal ou consoante de ligação. Os processos de formação de palavras são compostos pela derivação, pela composição, abreviação a onomatopéia e as siglas, acrescentando ainda o hibridismo.
 As palavras formadas por derivação são as originada por uma outra palavra primitiva, elas são constituídas pelo acréscimo de   afixos que servem para transpor sua significação dando origem até a outras classes de palavras, enquanto as palavras com o processo de composição são palavras formadas pela combinação de outras já existentes originando novos significados, sua composição é dada por justaposição e aglutinação, já nos outros processos aqui citados ocorre uma alteração na formação das palavras, onde sua estrutura é modificada facilitando o uso da língua. Isso explica porque os vocábulos vão sendo trocados por outros ou até perdendo seus significados originais passando a ter novos.
       
BIBLIOGRAFIA
SILVA, Maria Cecília Pérez de Souza e; KOCH, Ingedore Grunfeld Vilança. Linguística Aplicada ao Português: Morfologia. 16ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.

         






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